ANEURISMA

Brasília-DF, Grande Colorado, 06/08/2008

Eu quero escrever ...

Mas não posso!

As idéias, feito turbilhão,

Vem, ao cérebro, com muita força.

Às vezes, coagula

Nas artérias entupidas de lixo:

Pagar contas; emagrecer;

Ouvir o chefe;

Às vezes obedecer.

Ante à arrogância e a prepotência,

Porém, nunca ceder.

Brigar ...

Se for o caso, retrucar ...

Estrategicamente, travar o bom combate,

Com a força da palavra mansa,

Ou com a violência do meu silêncio.

Eu não quero morrer agora,

Mas, também, matar eu não quero,

À celeuma, prefiro um bolero,

E usar a arma da indiferença.

Contudo, é melhor ser sutil,

Como o fluxo vermelho,

Que, lentamente, na pressão,

Empurra o lixo, e vai vencendo.

Se assim não for,

Não morro de amor,

Mas de ANEURISMA.

Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 12/08/2008
Código do texto: T1125106
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