ANEURISMA
Brasília-DF, Grande Colorado, 06/08/2008
Eu quero escrever ...
Mas não posso!
As idéias, feito turbilhão,
Vem, ao cérebro, com muita força.
Às vezes, coagula
Nas artérias entupidas de lixo:
Pagar contas; emagrecer;
Ouvir o chefe;
Às vezes obedecer.
Ante à arrogância e a prepotência,
Porém, nunca ceder.
Brigar ...
Se for o caso, retrucar ...
Estrategicamente, travar o bom combate,
Com a força da palavra mansa,
Ou com a violência do meu silêncio.
Eu não quero morrer agora,
Mas, também, matar eu não quero,
À celeuma, prefiro um bolero,
E usar a arma da indiferença.
Contudo, é melhor ser sutil,
Como o fluxo vermelho,
Que, lentamente, na pressão,
Empurra o lixo, e vai vencendo.
Se assim não for,
Não morro de amor,
Mas de ANEURISMA.