Visões do Olimpo
A rua desce,
desce infinitamente.
A oeste,
Deita-se o sol
nos braços do horizonte.
Alinhados, à minha frente,
em completo silêncio interior,
estão o céu e o mar de azul anil,
enquanto crianças brincam pelas calçadas,
mulheres recolhem roupas no varal,
cheiro de arroz e feijão refogados
invadem o ar.
Detrás das pedras,
estas que mais parecem monstros a se banhar,
surge o brilho prateado da lua.
O silêncio foi tragado junto com o entardecer,
eis que surgem estrelas tatuadas no céu,
palavras que nunca foram ditas...