(Série Personagem n.9)
PROMETEU
(O Fogo)
Fui eu -
sim, aquele que desafiou o deus,
trazendo Fogo ardente ao mundo.
Contente, eu o ofereci ao homem
que, desse bom Saber, tinha fome.
Fui eu -
aquele que desejou doar a Paz,
e não hesitou (sempre audaz)
no receio de, em si, sofrer
uma dor forte ou mais tenaz.
Fui eu -
quem castigo denso recebeu,
na vingança do imenso Zeus.
Falaz, ele me feriu profundo
sem jamais poder me dobrar!
Fui eu -
que por este Mundo muito amar
iluminei a vida de todo o Universo -
e me soergo na ousadia desse verso,
onde estarei - de pé - eterno a gritar:
Prometeu!
Silvia Regina Costa Lima
25 de junho de 2008
Obs: Prometeu representa a vontade humana por Conhecimento. Sua captura do Fogo é a Audácia humana pela busca desse Conhecimento e a vontade de Compartilhá-lo.
**Tela: Prometeu leva o fogo à humanidade, de Heinrich F. Füger - de 1817
Diz a lenda que:
Prometeu foi o titã que criou os homens, com seu irmão Epimeteu, e que também roubou o fogo dos deuses para presentear às suas criações. A ele e ao irmão Epimeteu foi dada a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la depois de pronta, assim Epimeteu atribuiu a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro...
Porém, quando chegou a vez do homem - que deveria ser superior a todos os animais - Epimeteu gastara todos os recursos, assim, recorre a Prometeu que, com a ajuda de Minerva, rouba o fogo que asseguraria a superioridade dos homens sobre os outros animais.
Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto acorrentá-lo ao cume do monte Caúcaso onde todos os dias uma águia ou abutre ia dilacerar o seu fígado que, por ser Prometeu imortal, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
Prometeu foi libertado por Hércules, que havendo concluído os seus doze trabalhos, dedicou-se a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.
texto da net editado e revisado por mim
(te dedico)
Gil:
Ma reine,
torno a dizer, suas poesias estão fantásticas;
amo de paixão esta sua série de Personagens
porque, além de criar belos poemas, você
também nos proporciona lições de História
e faz homenagem a grandes personalidades
ou faz renascer belos mitos há muito
esquecidos.
Creio que temos algo em
comum com Prometeu: nossa vontade de
compartilhar aquilo que sabemos com os
outros, mesmo sofrendo, muitas vezes,
punições injustas, como nosso Prometeu,
ou sermos incompreendidos (uma forma de
punição também) em certos momentos de
nossas vidas; mas, como o herói, sabemos
erguer novamente a cabeça e dar a volta
por cima.
Beijos cor de fogo.
02/08/2008 20h57 -