ETERNA ILUSÃO
Trago nas mãos a simplicidade
e no peito a crença descomprometida
dos poetas.
Vivo no anseio eterno dos sonhadores,
na busca incessante pelo menosprezo
das coisas pequenas.
Trago na alma a ingenuidade
perdida,
corrompida pela hipocrisia
dos mentirosos
e sinto que nada tenho a não ser o desejo
de insultar a arrogância
do mundo
e sua mania de grandeza.
São como cegos que não enxergam
a própria insignificância,
pois vivem na medíocre prepotência
de uma eterna ilusão.