TEMPLOS

O som das muitas palavras, lançaram-se no silêncio

Mutiladas pelos passos , pela águia, pelo vento

Sufocadas por espinhos , sobrepujando a flor

Violando os holocaustos, imolados ao amor

A centelha submersa, toma forma, resplandece

Consumida pelo acaso, dispersada ao bel prazer

No destilar dos favos, derramado pelo cálice

A invadir os meus sentidos, num total desvanecer

O sonho desfolhado, a vagar no infinito

Oscilando nos outeiros, entre pássaros em conflito

Ao labor de mãos cansadas, extravasam o perfume

Pelos vales serpenteiam, no orvalho se confundem

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 27/07/2008
Reeditado em 21/09/2010
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