TEMPLOS
O som das muitas palavras, lançaram-se no silêncio
Mutiladas pelos passos , pela águia, pelo vento
Sufocadas por espinhos , sobrepujando a flor
Violando os holocaustos, imolados ao amor
A centelha submersa, toma forma, resplandece
Consumida pelo acaso, dispersada ao bel prazer
No destilar dos favos, derramado pelo cálice
A invadir os meus sentidos, num total desvanecer
O sonho desfolhado, a vagar no infinito
Oscilando nos outeiros, entre pássaros em conflito
Ao labor de mãos cansadas, extravasam o perfume
Pelos vales serpenteiam, no orvalho se confundem