AMANTES HÁ MUITO DANTES

Nas ondas do rádio ou do pensamento;

Vibra a energia que impele dois amantes a todo instante;

São viajantes da espaçonave do sentimento;

m que suas mentes vivem em sintonia constante.

(extraído do texto ZyA 47,12)

Eles são simplesmente dois amantes;

Extasiados de tanto se amar;

Se buscaram e se quiseram desde outros tempos dantes;

Após algumas horas de justo prazer dispuseram-se a orar.

Dormiram o sono dos sonhos e em desdobramento;

Viajaram no ritmo e no embalo da rede de seus pensamentos.

Congruentes e que por serem tão idênticos e afinados;

qual almas espelhadas dançaram na harmonia dos seus corpos cansados;

Espíritos livres, pra irem aonde sempre estiveram quando estavam distantes um do outro em momentos diferentes;

mas que sempre permaneceram ligados pelos seus sentimentos na espaço-nave das suas mentes.

Seus corpos fluídicos ao deixarem suas vestimentas carnais;

ligados pelos fios de prata que os mantém encarnados;

vão em outras esferas astrais;

em buscas de novas instruções, num diapasão afinado.

Prosseguiram suas tarefas, só que agora por se merecem;

e terem vencido as etapas que lhe foram impostas;

passaram a ter créditos e outros deveres;

encontrando as perguntas às suas respostas.

Instante de simples repouso encanto; estágio no campo iluminado das letras e das músicas;

onde de agora em diante poderão compor novas cifras harmônicas vestindo as suas túnicas;

amando-se a si mesmos e a tantos quantos.

No caderno do existir pautado pela clave do sol;

brilha todos os dias melodias em si bemol.

E quando quiserem lembrar de tudo o que aconteceu;

vão pensar num filme onde o amor simplesmente venceu.

Anjos atentos que acompanhavam suas trajetórias;

rejubilam-se felizes e abençoam essa linda

história.

Uma brisa levemente gélida paira no ar a lhe refrescar suas frontes;

Árvores imponentes alvoroçam seus galhos, como se estivessem regendo uma orquestra obedecendo os movimentos e aos sons dos clarins que saem de uma capela bem defronte.

Ambos sorriem e diante dos seus amigos astrais, beijam-se carinhosamente, HORA DE VOLTAR, TOCA O SINO;

é de manhã... Acorda, -diz aquela mulher feliz pro homem do seu destino;

RENASCEM NAQUELA CIDADE UMA MENINA E UM MENINO.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS) 25/07/08