Eu, em meu nome
Saúdo os portais da Terra
Com todo o meu amor e respeito
E peço licença.
Cavo com minhas mãos
A entrada de retorno ao lar
Separo com minhas mãos o joio do trigo
E com minhas mãos eu abençôo,
curo e me torno um doador.
Piso com meus pés
A lama que produzi com a mistura
Mal feita da água com a terra
Transmuto com meu sopro o ar pesado
Deixando-o mais rarefeito
Faço e desfaço com todo o cuidado
As energias oriundas de mim mesma a circular no ar
Oxalá consiga de fato
Chegar sem nenhum embaraço.
Yara Araújo