O ANJO VENCEDOR
(Personagem n.5)
Eu vejo tanto desespero nela, Senhor
-na sua solidão, no escuro, sem amor.
Ah, que desejo tamanho de a ajudar,
como eu espero fazer dela o novo ser
- que sinta, cresça, ouça, ame e vença!
Eu tento - eu luto - eu falo e eu quero;
todo o meu ser hoje nisto se empenha:
fazer Hellen ser feliz - e me entender,
mas sobre todas as coisas... aprender.
Assim, aqui perante todos e o mundo,
eu, Anne Sullivan (a educadora) juro:
serei para ela olho, ouvido, um arrimo;
serei seu mestre, seu farol, guia, amigo.
E se não bastar, serei o sol ... o seu imo!
Silvia Regina Costa Lima
11 de julho de 2008
Dedicatória:
Eu dedico esse pequeno poema a todos que batalham para melhorar a si mesmos, melhorar alguém ou o lugar onde estão vivendo e atuando(seja que local for e de que forma for) e assim sendo, melhorar esse mundo violento e cheio de desamor e de indiferença - essas pessoas que são "luz e anjo" sem o saber, ou sem assim serem reconhecidas, em vida.
Anne Sullivan, Massachusetts, 1866 - Nova Iorque, 1936 - foi a educadora conhecida por ter sido a professora de Helen Keller, uma adolescente completamente surda, cega e muda (e isolada em seu mundo interior), a quem ensinou por meio da Linguagem de Sinais e através do tato.
Anne Sullivan também era deficiente; havia sido quase cega, mas depois de duas operações, recuperou alguns graus da visão.
Incansável e muito comovente foi a tarefa de Anne Sullivan ao tentar fazer com que Helen Keller se adaptasse ao mundo que a rodeava e entendesse (pelo menos em parte) as coisas que a cercavam. Para isto entrou em confronto com os pais da menina que sempre sentiram pena da filha e a mimaram - sem nunca terem lhe ensinado algo
Com muito carinho, dedicação e perseverança, com amor (um amor além das barreiras impostas pór todos e pela própria Helen, que não queria, à princípio, perceber a luz que ela era em sua vida) Anne Sullivan conseguiu ensinar à aluna os alfabetos Braille e manual. Sob sua orientação, Helen matriculou-se no Instituto Horace Mann para surdos de Boston e depois na Escola Wright-Humason Oral de Nova York. Aos dez anos de idade aprendeu a falar e disse:
“Qualquer dia irei para uma faculdade” - o que, de fato, aconteceu!!!
A história da professora e sua aluna foi recontada na peça e no filme de William Gibson, "The Miracle Worker (O milagre de Anne Sullivan)".
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