"Canto de Amor"
(de Penélope)
Meu Amado, meu Senhor,
(esposo de minha alma)
sim ... eu ainda te espero -
sempre te esperarei, sempre!
Teço a colcha do nosso leito,
esse onde, tão só, eu choro,
e, a todos os nossos deuses
a tua volta, com fé, imploro.
Eu, durante os dias, a teço,
com dedos que te acarinhei
e, de paixão, tanto te coroei...
Entanto, eu desfaço cada ponto
de noite, em tua honra e louvor.
E por ti, meu encanto, eu venço
a cobiça desses homens perversos
que me louvam, em prosa e verso,
todos desejando o meu ventre,
esse que tanto foi, e ainda é teu.
Ahh, meu Senhor, Amado meu,
volta, por favor, volta em breve.
Faz teus passos bem mais leves.
Voa, voa...corre pelos caminhos,
nem para comer tu pares sequer.
Vem me salvar ... vem me amar
vem depressa para nosso ninho -
e me faz, de novo, a tua Mulher!!
Silvia Regina Costa Lima
22 de junho de 2008
A História de Penélope
Na Mitologia Grega Penélope é a esposa de Ulisses. Ela aguarda por Ulisses durante todo o seu retorno da Guerra de Troia narrado na Odisséia, de Homero.
Enquanto Ulisses guerreava em altos mares, o pai de Penélope sugeriu que sua filha se casasse novamente. Ela, uma mulher apaixonada e fiel ao seu marido, decidiu que o esperaria até a sua volta. Perante a insistência de seu pai, para não desagradá-lo, Penélope aceitou a corte dos pretendentes à sua mão, mas com uma condição: casaria somente após terminar de tecer uma colcha. Colcha esta tecida em tricot, para que a noite desfizesse o trabalho do dia.
E assim fez: de manhã aos olhos de todos, Penélope tecia a colcha, de noite ela a desmanchava. E foi assim até uma de suas servas descobrir a mentira e contar toda a verdade. Ela então teve outra idéia e fez a proposta para seu pai e para seus pretendentes que o homem que conseguisse atirar uma flecha com o arco de Ulisses, poderia se casar com ela, e nenhum pretendente conseguiu. Até o dia em que um mendigo pediu para tentar atirar e conseguiu, na mesma hora Penélope reconheceu seu amado marido Ulisses.
Penélope é o símbolo do Amor Fiel.