Almas refinadas...
Há almas suaves e refinadas
Que pairam e bailam pelo ar
Transcendem o amor afinado
Na delicadeza ensinam a amar
Pulsando o mais puro encanto
Perfume esparramado pelo vento
Ao sentir essa alma que deslumbra
Ah! Como são belos esses momentos...
Que sublime nos toca e elucubra.
E a minha salta logo num vislumbre
Quer com ela construir o diálogo
Fecundado pelo espírito irrequieto
Iniciado lá bem atrás no prólogo
Porque sabe que o amor é aberto
No rascunho de um epílogo
Que invadiu a pele como fogo
E se alastrou pelo dia todo
A cada minuto e segundo
Ao esparramar o seu fascínio
Querendo deixar sem tirocínio
E vou porque sei ficar sob seu domínio
Que nela e com ela eu renasço
Aquela alma acalma e impulsiona
Dou mil passos sem cansaço
Que o descanso num abraço
E quando a alma se equivoca...
Mascara-se, se disfarça e sufoca
Eu a entendo e fico... Fora... Na toca
O que não quer dizer que fui embora
Apenas estou quieto e a pressinto de volta
Não há porque esbravejar e sentir revolta
Sei que as almas só sobrevivem soltas
Na folia... Na orgia... No coito da dança
Ela valseia, roda, pula e entrelaça
Esta é a magia que me contagia
Eu sou dela e ela é minha a cada dia
Sou seu rei e ela é a minha rainha...
Consegues ouvir e perceber a sinfonia...
Percebes os acordes dessa melodia?!
Ouça! Sintonize... Magnetize... Eletrize...
A composição das nossas almas...
Hildebrando Menezes