ANVERSO
E o encanto, do meu canto
manifesto
Ora traçado, retratado
Em tristes versos
Que de amor, e desamor
é arquiteto
Das lembranças, esperanças
meu universo
Quando a lua, cálida lua
É companhia
Da presença, tão ausente
Imagem tua
As retinas, que cansadas
Por esperar
Pelos ecos da luxúria
a adentrar
Na ferida que palpita
e sussurra
Vãos apelos, no olhar dormente
A vagar, a delirar
No súbito gozo
Decadente
Pela esfera tresloucada
Do amor,
Que docemente
Liberto, é refém
E se volta para a clausura
Por já nao ser
Por ser somente...