GARGANTA A FORA...
É preciso
tecer em palavras,
o que na garganta se encerra.
Despojando a essência
pelos ares...
Em vias de conquistar a paz,
nos galopes da imaginação.
O que sinto,
cresce adentro...
No imponderável do ser,
nas visões das madrugadas mudas.
No odor
que não se esvai,
da rosa virgem.
Ao sentir a lâmina,
do aço vibrátil.
As aflições
estão nas vestimentas,
então,
trago a alma nua.
O coração é transbordante,
e as idéias não dormem,
na exposição que se alvitra...
Sou do universo,
nasci
em dias de alma chuva.
Clarão e vento lunar,
nas cândidas noites
do espírito jubiloso.
Em inebriante esferas de cor...
Aprofundo o sentir
no peito dilacerado,
em sugestões virtuosas do viver.
Mas a percepção do mundo é atroz...
A verdade de imaturo casulo de vidas,
é a existência de energias contrárias.
Sou voz poetisa e madura,
em mim o tempo se esvai.
A tempestade tende a findar-se,
mas a potência em ação,
é eterna e constante.