GARGANTA A FORA...

É preciso

tecer em palavras,

o que na garganta se encerra.

Despojando a essência

pelos ares...

Em vias de conquistar a paz,

nos galopes da imaginação.

O que sinto,

cresce adentro...

No imponderável do ser,

nas visões das madrugadas mudas.

No odor

que não se esvai,

da rosa virgem.

Ao sentir a lâmina,

do aço vibrátil.

As aflições

estão nas vestimentas,

então,

trago a alma nua.

O coração é transbordante,

e as idéias não dormem,

na exposição que se alvitra...

Sou do universo,

nasci

em dias de alma chuva.

Clarão e vento lunar,

nas cândidas noites

do espírito jubiloso.

Em inebriante esferas de cor...

Aprofundo o sentir

no peito dilacerado,

em sugestões virtuosas do viver.

Mas a percepção do mundo é atroz...

A verdade de imaturo casulo de vidas,

é a existência de energias contrárias.

Sou voz poetisa e madura,

em mim o tempo se esvai.

A tempestade tende a findar-se,

mas a potência em ação,

é eterna e constante.

Iva Tai
Enviado por Iva Tai em 18/06/2008
Reeditado em 11/10/2008
Código do texto: T1039331
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