Spectrum Phantasma
O espírito meu de alma antigo,
Eis-me o espectro espectador
Deste solitário castigo
Em que eu sou-me o contemplador.
O impassível e assustador
Silêncio neste labirinto
Prossegue aterrorizador
E indiferentemente – eu sinto.
Phantasma teu de mim, contigo
Hei de estar onde quer que eu for,
Porque em minha mente fatigo
O ego vil decompositor.
Em versos não saberei pôr
Tudo em mim que se encontra extinto;
Das trevas eu sou trovador
De obscuro ofício por instinto.
O presente – e o – futuro instigo
Em um passado encantador:
Hei de compor o verbo do artigo
Em minha palavra e esplendor.
Eternamente o resplendor
Das memórias é mais distinto.
Para sempre arrebatador
O esquecimento que requinto.
O imperador
Deste recinto
E inquisidor
Que me ressinto...
(Dhrakonioum Lendarious)