Meu niilismo.
Autor: Daniel Fiuza
02/03/2001
Abaixo da terra
eu.
Abaixo de mim
o nada.
Acima de mim
talvez...
Na garganta uma voz
desesperada.
Dentro de mim
o vazio.
Em volta de mim
o trágico.
A terra que piso
some.
O resto de mim
sem nome.
De herança fica
a ruína.
O que respiro é
sinistro.
Restos de minha
sina.
O meu dia é sempre
noite.
Sinto cheiro do
fatídico.
O vento me envolve,
em açoite.
Negro Abismo, vida
oca.
Eu sou apenas um
eco...
Escapado inutilmente;
Da boca,
De uma louca.