No teu quarto.
Eu vim da noite fria à tua cama,
envolto em sombras sussurei teu nome,
um louco, como é louco o ser que ama
e, em chama, lambe, queima e se consume.
Eu vim roubar-te o sono com meu beijo,
surgi das trevas, névoas do passado,
de uma saudade infinda e de um pleno desejo
desesperado e atroz por mim velado.
Quem sou? Tu pensarás no travesseiro...
De que desvio entrei na tua estrada?
Serei teu suplício derradeiro?
Serei a brisa amena ou uma lufada?
Serei o dia claro ou o nevoeiro?
Serei o q quiseres... tudo ou nada.