Pesadelos perdidos e proibidos...
As flores do jardim
Cujas pétalas dançam pelo vento
Mostram-se para mim
Em essência e em incenso as complemento
Na atmosfera de cada movimento...
Do perfume no altar
Da pureza de lótus a dançar...
Em face do esplendor
Contemplo-me em espírito a beleza
Que não posso me opor:
Eis a ordem do universo que se preza!
Pois mantém-se através da natureza
A energia que o acalma:
A harmonia e o equilíbrio o provêm d’alma!
Astros nos céus cintilantes
Imponentes de astrais resplandecentes
Outrora vistos dantes!
Seus siderais tecidos santos sentes...
Vestes vestes luzentes reluzentes...
Tímidas tessituras
Nas vozes dos escritos tu suturas!
A escritura do império
Dos registros de luz celestiais
Do verbo mais etéreo...
Os escritos escritos os cantais!
São segredos sagrados que jamais
Do interlúdio a ode eludes
Em virtudes de tais vicissitudes!...
A oferenda eu dedico
E oferto o sacrifício do inimigo
Honroso e quão pudico...
Irmão de espécie e sangue, eu não consigo!
Semelhante e recíproco és comigo!
Os versículos folhas
Das páginas dos livros as quais olhas...
Ledo lirismo lindo!
Os teus tétricos lírios legendários
Repentinos surgindo
Em rituais dos cânticos lendários
Desde os primórdios da ordem dos templários!
Tempo oculto nos templos...
Culto o antigo dos reinos vis contemplo-os...
Os versos que cultuas
Da obra que acende a luz do sol dourada
Em poesias tuas
E ascende à luz da lua prateada!
O esquecimento lembra-o de que em nada
À arte haverá-de está-lhes
E em memória e em lembrança abre-o os detalhes!
As calmas calmarias
De etérea estratosfera e anis quimeras...
Em que nunca estarias
Mesmo que, se em teus sonhos, tu quiseras...
Ide o onírico e utópico, deveras
Grandíloquos desejos
Longínqu’os quais os quas’eu não mais vejo-os...
(Angellus Lendarious)