O poeta atua

Somos seres que pensam

Sentem e sofrem.

Se escrevemos isso

É porque a dor é verdadeira.

Cada segundo conclui uma nova passagem

Um novo sabor de uma busca incessante

Que aturdido conclui-se o impensável

Gotas de chuva são gélidas

Quando o inverno chega.

Passagens matinais

Abrem-se em caminhos

A bruma faz um sentido

Tem que haver uma resposta.

Pianos tocam na clareira.

Pode-se incendiar uma floresta

Se os violinos serrarem a alma.

Todos ciclos não deixam de ser menstruais

Se a lua não fosse feminina

Mas o tempo confunde,

Às vezes é sinfônico.