Poesia Fugitiva

Às vezes uma poesia foge de mim.

Ontem uma escorregou entre meus dedos,

Caiu no chão,

Virou um rato,

E entrou em um buraco.

Enfiei lá a mão.

Tentava pegá-la

Aiiieeee!

Levei uma mordida.

Arranjei uma ratoeira

Fiquei na duvida,

Sobre que isca usar:

Um pedaço de queijo,

Um por do Sol,

Uma bela garota...

Agora,

Estou esperando ela sair.

E caso não saia,

Vai ser fácil.

Enfiarei um tijolo no buraco.

E o fecharei com cimento.

A poesia fugidia,

Será poesia concreta.

Pronto!

Ela foi pega,

Agora está escrita.