Janela da solidão
Eu vou embora para o desconhecido
Levo comigo o abismo existente.
O amor está escondido
E não há mais sobrevivente.
Como penetrar na vida?
A escolha é de quem?
Quem habita nessa ferida?
É um ser inerente ou transparente?
Depende...
Penso em fechar as janelas
E me esconder dos barulho das ruas,
Talvez continue as mesmas seqüelas:
Feridas incertas e obscuras.
Mesmo presa, em algo, me sinto livre.
Meus pensamentos me pertencem.
Estou em contato com a minha psique
E o meu eu está transparente.
Procuro trancar a porta do não.
Resolver o meu ser
E não permitir nenhum tipo de invasão.
É exatamente o que vou fazer.
Vou correr e me esconder do vão.
Olho pela janela da solidão
E não enxergo a cidade,
Meus pensamentos estão livres, eu sei.
Mas que liberdade é essa?
Pois nem eu mesma sei como conhecê-la de verdade.
É tudo tão abstrato...
Com a minha razão vou vivendo,
Catando um pouco de ar todos os dias.
Concordo que estou me conhecendo
E são essas são as minhas sólidas dúvidas.