FRANGALHOS - DUETO BY DETH HAAK E FADA DAS LETRAS

Frangalhos...

Zunem sentimentos de sensatez desprovidos

Remanescentes vícios, de lodaçais pranteados

Dum passado distante no desamor amargado

Lembranças asfixiadas ,míseros descaminhos...

Decadente utopia culminada dor dos sentidos

Respirando solidão. lacrimejando acúleo vulto

Na insanidade explicita. Repugnante infortúnio

Taciturnado espectro, horripilando mais visto...

Soprou-me o vento poeira alforria, destravada

Amarras e elos. Tênua felicidade transmutando.

De reto os gritos urram, açoitando masoquismo

Destravando grilhões ferroados a ostracismo...

Imbuído de amor pelo todo desperto do pesadelo

Embreei-me no prateado da lua nova, refletindo

Em Vênus. Abraça-me sorridente o dia ouvindo

Som de trompetes, alvura existência premunindo...

Deth Haak

11/11/2005

Horripilantes cenários, em pranteados ais

Em torno do castelo, fantasmas avultam em bruma de breu

Quem sabe até, se tais ululantes almas jamais,

Foram seres vivos, ou eternos errantes, em buscas de ateu...

Se na fétida escuridão, nos pântanos ignotos

Luminárias breves, em pontilhados de luz

Semelham almas de damas, de tempos remotos

Em eterno fadário, arrastando na noite, sua cruz...

Mas eis que já o dia breve em cinza se anuncia

E mais uma vez na névoa ténue que rodopia

Os vultos se abraçam tais atómos em colisão...

Tentando recordar naquela madrugada fria..

Toda a perdida e tão longínqua alegria

Quando eram seres vivos em delírios de paixão...