Entre Cegos e Imãs
Carros partem, e voam, para a lua
Enquanto olhamos uns para os outros
E enxergamos a nova realidade
E as mascaras rolam pelo chão
Perdem suas asas
E afundam no pantano das mentiras suaves
A cidade acende suas lamparinas
E fecha seus olhos, e esquece
Nossos devaneios vem a tona
Os lobos descem de seus livros
Erguem suas presas, nos encaram
E a poesia se ergue pelas praças
E tudo se entorpece
Em um unico estalo
por instantes tens asas e tens garras
E acredita que pode fugir do imã
E antes que os magos novamente me derrubem
Eu lhe escreverei um bilhete