Portas Fechadas
Portas fechadas
Menino de rua, menino vadio
Que corres pelo mundo
Nas rodas do destino
Pendurado nas correntes da fantasia...
Não sabes do imenso vazio
Que deixas no teu coração
A cada dia que sais para buscar teu “norte”
Na ilusão das tuas buscas escorregadias
Que, muitas vezes, te levam à “morte”.
Nas tuas viagens fantásticas
Teu mundo é colorido
E tem cheiro de mato verde...
E na tua mente elástica
Teus pensamentos se perdem
No teu céu sempre azul...
Teus olhos só vêem as estrelas
Que tentas pegá-las em vão
Mas tu só podes vê-las!
Depois que acordas e és tu
O teu mundo desmorona...
E o sintoma do mal
Só te deixa ver as portas fechadas
Da mente embotada
Qual dia nublado e sem sol...
Mergulhaste no brilho falso do farol
Que um dia te guiou
E assim inocente te entregaste
A um prazer ilusório e ao devaneio
Matando teus sonhos e o teu amor
Rompendo com o viço e o enleio
Da tua juventude...
São portas fechadas, vida acabada
E não podes deixar...
Só resta voltar, voltar para não sentir a dor
E poder enxergar, através do sonho
O céu todo azul!