Camafeus
O vento retorna
Suave aroma de flores
Boa noite!
Floresta escurece
Anoitece!
Os vaga-lumes iniciam uma festa
A lua torna-se real
Redondamente gorda
Amarelamente encantada
Impermanente
A lua inicia seu momento solitária
Surge um pressentimento, desilusão
A escuridão revela seus segredos
Medos! medos!
Impermanente como a serpentear incoerente
Por traz dos véus, cristalizam-se os vaga-lumes
Caem sobre a terra, sonhos
Telas sobre tela, tintas perdem o tom.
A noite dos pensamentos flutuantes
Confusos no espaço vazio
Qual mar, pesam em salgar
Pensamentos escurecem sob a escuridão
Versos são lidos,
Por vezes, combatidos.
- O que são versos senão ventos?
O vento retorna
Suave aroma de flores
Versos foram jogados ao léu
A lua começa seu momento solitária
Poemas perdidos
Troféus desperdiçados
Desfazem-se.
O mundo mágico finda-se
Aos pés de narcisos
Que dançam sozinhos a sinfonia do eu
Cristalizados camafeus