Uma noite atravessando a noite
E segue a noite trajando silêncio
exalando ópio, refém do tormento.
Sem muito alarde expõe o amor
na veia em chamas, como um lamento.
Reduz a busca pelas esquinas
que ressoam frias ao seu passar
Inquieta segue as lamparinas
opacas e ébrias, sem as ultrajar.
E finda ali, ao nascer do dia
Enrolada em tramas, vazia de lama.
Na boca, um amargo sem solução,
Reflete no amanhecer, sua solidão.