A realeza
A Realeza
Sou baixinho, reconheço.
Caminho bem devagar.
Mas se atinjo a sétima,
Causo grande confusão.
E nesta hora descobrem,
A força de um Peão !
GMI’s de todo o Mundo
Reconhecem meu valor.
Se o Rei está no canto,
Eu ajudo a cercá-lo.
Se possível me consagro,
Dando mate de Cavalo !
No universo episcopal,
Ou na trilha diagonal,
Caminho com cuidado.
Mas se existe algum risco
E meu Rei corre perigo,
Melhor sacrificar o Bispo !
Da esquina do tabuleiro
Observo o horizonte.
E quando a batalha aquece,
Através de um leve toque,
Estou pronta para a luta
Logo após feito o Roque !
O poder de uma mulher
Está na força do Amor
Com o qual gera a Vida.
Mas no calor da rinha,
Ataca como um soldado,
Mantendo pose de Rainha !
Todos me protegem
E dão a vida por mim.
Se mereço isto tudo,
Eu mesmo não sei.
Nem promoção recebo,
Pois apenas sou um Rei !
Esta luta limpa se trava
Num belo campo reluzente
Onde o número de pontos
É de dois elevado a seis.
Assim, através dos séculos,
Se imortaliza o Xadrez !
Haroldo P. Barboza – abril 1997
Autor do livro: Brinque e cresça feliz