Pegadas
Alguns passos foram dados e nada mudou, ou mudou?
São perguntas e nada mais.
Que bobagem!
É tudo uma questão de tempo e será tudo resolvido, ou adiado?
Os passos voltam?
Sim, eles voltam para o mesmo lugar, aquele, que alguém abandonou,
Ou talvez eles descubram lugares nunca pisados.
As pisadas são como aquelas que deixamos na areia da praia,
Pois viram pegadas,
E depois a água vem e as leva para lugares desconhecidos,
E assim vai se construindo uma escada de pegadas imaginárias
E ocultas, onde, só os donos sabem da existência.
É assim que acontece...
Parei.
Pensei.
Conclui.
Estou certa.
Certa, dentro da minha coerência , do meu mundo imaginário,
Que não é imaginário porque é dividido de alguma forma,
Dividido até com a sociedade que se faz presente de forma obrigatória.
São situações minhas e de mais ninguém
E na verdade,
Vou dizer,
Ninguém entende e as vezes nem eu mesma.
Então continuo andando com os mesmos passos
E espero obter as respostas que procuro
E poder usufruir do chão que preciso
Para, assim, deixar as minhas pegadas.