RECLAMA A NAU
Misteriosamente aproxima-se
Desfazendo sonhos
Interrompendo tragetórias
Ondas gigantescas, anonimas...
A imagem do teu ser
Torna suportável as intempérie
Onde o mar é arisco
E sem cerimônias toca o céu
E a massa vigorosa reclama a nau
Como se esta lhe pertencesse
O som de tua voz desconhecida
remete as quatro estações de Vivaldi
Arrepiando a pele
Aguçando os ouvidos
Projetando dos olhos, intrépido farol
Guiando-nos pela escuridão até o porto seguro