Minha utopia sertaneja

Muitos julgam o sertão como um universo funesto

Cheio de melancolia e desesperança

Por efeito de ser uma terra árida e para muitos sem êxito

Onde todo o dia se tem o ar de ser a ultima dança

Terra quente feito fornalha

Cactos dançam o ritual final

Enfeitam de longe a paisagem confusa

Mas não passa de um descortino equivocado e desleal

A cultura sertaneja é mágica

Posso sentir o calor do sertão em meu peito

Pois, nunca estive neste solo

Mais sinto daqui, sonhando em meu leito

O fogo que vejo em meus sonhos

Ardendo em meio ao sertão

Dá-me presságios dos tempos, deste fogo

Que arde em meu coração

São “vidas secas”

Mais as almas são encharcadas

De fé perseverante no amor

Mesmo tendo por meio da miséria, suas vidas marcadas

Esta terra seca de líquido incolor

Mas abundante em vidas esperançosas e valentes

É sempre fantasiada nas faculdades mentais

Como a terra dos raios solares veementes

Posto que no céu seja reluzente

A 90°do crepúsculo matutino

Dilacera a caatinga em sua ultravioletissídade com furor

Do sertanejo atinge a fronte, deixando-o sem tino

Hamlet
Enviado por Hamlet em 01/03/2008
Reeditado em 01/03/2008
Código do texto: T882506
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