Minha utopia sertaneja
Muitos julgam o sertão como um universo funesto
Cheio de melancolia e desesperança
Por efeito de ser uma terra árida e para muitos sem êxito
Onde todo o dia se tem o ar de ser a ultima dança
Terra quente feito fornalha
Cactos dançam o ritual final
Enfeitam de longe a paisagem confusa
Mas não passa de um descortino equivocado e desleal
A cultura sertaneja é mágica
Posso sentir o calor do sertão em meu peito
Pois, nunca estive neste solo
Mais sinto daqui, sonhando em meu leito
O fogo que vejo em meus sonhos
Ardendo em meio ao sertão
Dá-me presságios dos tempos, deste fogo
Que arde em meu coração
São “vidas secas”
Mais as almas são encharcadas
De fé perseverante no amor
Mesmo tendo por meio da miséria, suas vidas marcadas
Esta terra seca de líquido incolor
Mas abundante em vidas esperançosas e valentes
É sempre fantasiada nas faculdades mentais
Como a terra dos raios solares veementes
Posto que no céu seja reluzente
A 90°do crepúsculo matutino
Dilacera a caatinga em sua ultravioletissídade com furor
Do sertanejo atinge a fronte, deixando-o sem tino