Formiga em poesia

Sentir o não sentido,

Lyle Mays em plena ficção,

Teclas perdidas no meu querer,

Um leve piano revivendo emoções

Tocando sorrateiramente meu passado...

Tem formiga na minha tela.

Brincando entre letras,

Exigindo uma letra ‘f’ no lugar de ‘p’.

Dedos cansam em teclados mínimos,

Tem que ser tão pequena esta barra de espaço?

Onde esta a formiga?

Na barra de navegação,

Será que ela quer iniciar uma revolução?

Ou simplesmente quer desligar o computador.

Depois de segunda compro um touch screen.

Será que poesia escrita por formiga,

Tem sentido?

Ganho em perfomance,

Redondilha maior,

Enriquecimento ilícito,

Culturalmente aceito na academia de letras?

E tudo porque me pediram,

Sai desta meu irmão,

Poesia de paixão só trás solidão...

Como sou meio mamão,

Apaixonado de montão,

Continuo esparramado pelo corrimão.

Formiga amiga,

Desça já daí,

Quem mandou ser poeta.

Assine logo seu negócio,

Me isento de qualquer crédito

É tua esta forma de amor,

Qualquer poesia vale a pena,

Desde que se deixe escrever...

Viu?

Querendo ou não,

Paixão segue de roldão...