DOCE SÚCUBO

Seus olhos brilham na treva

Seu sorriso destaca-se na multidão

Seu calor aquece o ar que percorre pelo meu corpo

Você é pura como o sangue que bebemos

Seu perfume se espalha na planície deserta em que encontramos

Só vejo você, doce Súcubo

Abominável criatura sombria

Esbanjando beleza única, seu domínio é fatal

Como seu beijo ímpio, seu jeito ingênuo minucioso

Traçados pelo destino cruel estamos

Dividimos amor e ódio

A harmonia friamente se manifesta

Absorvida pelo distúrbio sonoro interno

São os gritos profundos da alma

Nas garras do sofrimento e da dor

Nosso mundo não é o mesmo

Não consigo chorar, nem temer o oculto

Não há tempo para esperar

Nem momento para acontecer

Nossos corações não mais se unem

São dois sentimentos distintos para sempre

Sua sensualidade é um mito

Seu erotismo uma ilusão

Meu infinito abismo fantástico

É o paraíso Negro da paixão