Almas em sofreguidão
Telhas que se quebram
Massacradas em asfalto
Corações que congelam
Quedas em forma de salto.
Ilusionismo disfarçado em real
Desaparecendo na fumaça
Conflito entre o bem e o mal
Como o pano devorado pela traça.
Gritos estridentes
Sorrisos contentes
Vazio na escuridão.
Almas que berram cansadas
Se tornam penadas
Presas ao limbo da sofreguidão
SP 17/12/2005