Ando no meio da multidão
Vejo diante dos meus olhos,
Imagens distorcidas, criaturas cambaleantes,
Caminhando como espectros, na escuridão.
Afasto-me, parando no centro da urbe,
Deparando-me com caminhos intrincados,
permitindo-me várias escolhas? Várias possibilidades?
Ou para me desorientar do meu percurso?
Continuo a caminhar com passos perdidos,
Como se não fosse alcançar lugar algum.
Caminho entre luzes mortiças e sombrias,
e paredes toscas, desbotadas e frias
Vendo em minha volta um transitar de vozes.
Que me confunde!...
Que me amedronta!...
Que me desespera!...
Que me petrifica!...
Estou perdida nesse labirinto,
Porém é preciso caminhar
Mesmo num mundo cheio de incerteza
De subjetividade e de relativismo,
confuso e obscuro
Paro à beira de mim
Procurando um atalho para a realidade
De repente ouço o ciçar do vento,
Como se tocasse uma música lânquida
Adubando o meu coração de luz!
Vejo os raios do Sol incidindo no horizonte!
É a vida!!!!!!
È a esperança!!!!!



Naná
Enviado por Naná em 17/02/2008
Reeditado em 08/05/2008
Código do texto: T863685