No grito e na raça

Fiz este poema para ser ouvido e não para ser lido

Não é literal etecetera e tal

nem ao menos intencional

Fiz no grito sem margens e sem Ypirangas

Estava na palma da minha mão

entre linhas do desatino

traçado por um pseudo Deus cabotino

desses vendidos entre bandidos

que pilham os próprios irmãos

dizendo não ser essa a intenção

Escutou o que te escreví?

Não é estultice, não é sermão

É feito de escritos anotados em decibéis

em fina sintonia ao ler audição

Quem tem ouvidos que leia

sejam surdos ou não

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 15/12/2005
Reeditado em 16/12/2005
Código do texto: T86305