No grito e na raça
Fiz este poema para ser ouvido e não para ser lido
Não é literal etecetera e tal
nem ao menos intencional
Fiz no grito sem margens e sem Ypirangas
Estava na palma da minha mão
entre linhas do desatino
traçado por um pseudo Deus cabotino
desses vendidos entre bandidos
que pilham os próprios irmãos
dizendo não ser essa a intenção
Escutou o que te escreví?
Não é estultice, não é sermão
É feito de escritos anotados em decibéis
em fina sintonia ao ler audição
Quem tem ouvidos que leia
sejam surdos ou não