Faces do delírio
Novamente surpreendido pelo ato desconcertante,
vejo-me tomado de iniciativas hilariantes.
A liberdade que flui de todo meu ego,
restaurando meus intentos ao início
de todo meu silêncio já instinto.
Reverberando o som de minha declaração;
Liberando a voz que grita o intento exasperado;
Conspirando, com minha falsa detenção,
uma redenção de meus limites sensuais.
Sensualizando uma detenta falsidade,
num acesso de forças desleais,
as forças que me libertam são as mesmas que te humilham.
Num retrocesso a fatos brutais
e a constituição de uma superação inabalável
descascando rimas inúteis.
Improvisando tanto sono desperdiçado
e refazendo todo o caminho que esqueci por entremeios.
A ritmação inalterada me trás o inesperado,
num acesso de gritos abafados.
A voz tenta fugir-me como em condolências a toda paz.
Ilumino-me com o que resta de minhas raízes neandertais
e de tudo o que fiz me glorifico.
Não me resta senão a vitória que mesmo construí:
Um desejo que misturo com palavras.
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Mais um texto escrito em conjunto com minha amiga Lola
( http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=13488 )