SUBMERSO SUBMUNDO

Um mar de asfalto e gente

Do nada eu nado de contra corrente

nesta enchente cheia fedorenta

de serpentes até os dentes

de pentes que penteiam os cabelos das

rebentas malavadas

Presto conta dos pré-juízos

Menciono os júbilos

para quem precisa

e conto os sacrifícios dos que honram a camisa

encharcada de água suor e lágrimas

Componho cada fio fim princípio e meio da meada

Passando passeando nos aterros e enseadas

nas grutas cavernas tabernas e prostíbulos

submundanos & sacroprofanos

Assim sem haver tipos de entraves

produzo constantemente labaredas

através de uma vela bem acesa

em cima da minha cabeça recortada.

FELIPE REY

Felipe Rey
Enviado por Felipe Rey em 11/02/2008
Código do texto: T855130