Ironia...
Quando vinhas
minha alma sorria
meu corpo tremia
paixão! Muito mais:
amor eu te dei
minha alma ofertei...
"Te amo demais..."
Hoje não vens...
Espero em vão...
eu fui brincadeira
na tua mão...
eu fui verdadeira,
tu foste o vilão...
Hoje não vens...
minha alma não chora,
chorou muito em vão...
Hoje... minha alma,
Que chorou, não mais chora...
Meu corpo não treme...
Teu amor terminou.
(Se é que um dia "foi...")
Amor egoísta
"troféu" para ti...
Amor sufocado
pelo medo acuado
de perder teu poder,
Tua falsa honradez...
Brincaste com aquela
que era insuspeita...
Que o mundo respeita
pela retidão...
Jogaste o amor,
que transmudaste em dor,
na lama do chão...
E tu segues, tu és
o "digno e impoluto,"
no teu "caminho honrado"
como "te convém..."
Sozinha na dor
eu tento matar
o que foi "grande amor...
Com risos me dizes
" Escreve esta história..."
Será tua vitória
o meu dissabor?...
"É boa pra um conto!
Ode... ao amor?..."
Dizer para o mundo:
"Perdí-me no amor!..."
E assim tua vaidade
e teu ego encantar?...
Não, eu não canto
tua "brincadeira"...
Eu não te enalteço
em prosa ou em verso!
Eu canto é a grandeza
do meu próprio
amor...
Para ti,
Prefiro o silêncio.
O silêncio é mais digno...
E, ainda assim,
poder te perdoar...
É o que eu sou:
É o meu jeito de amar...
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09 fev 2008