Esperando por "eu próprio"
Canso-me dessa sagacidade involuntária,
desvendando fatos de mim dos quais não me interesso.
Regozijo-me da incapacidade humanitária,
marcando atos sem fim do que já não ingresso.
Rio do grande absurdo de meu reflexo,
copiando meu saber sem minha permissão.
De um rio para o mar, fico perplexo,
criando algo assim, sem querer perfeição.
Beiro a loucura de uma polidez forçada,
pretendendo arcar com a novidade amarga.
À beira da felicidade inesperada,
projeto a arca com vivacidade na carga.
Tantas filas para esperar um nada,
enquanto os filhos não sabem cozinhar.
Quantos Filos não são Sofia armada
num momento em que só falta engatilhar
Não me canso desse rio louco,
mas empurro-os para que possam engatinhar.