Mesa de bar
Sei não, mas essa amargura
Essa sensação de mal-estar
Causam-me terrível desconforto,
Solidão e desespero, intrínseco
Nesse olhar.
Sei não, mas esse copo de cerveja
Essa taça quebrada na lembrança
Levam-me ao pessimismo, abismo
De quem busca a pujança no sonhar
É verdadeiramente sóbria ao caminhar
Mas essa dor que me corroe, me faz
Pensar que essa tristeza nunca
Vai acabar e reprime meu viver
E ordena-me na beleza não mais pensar
Distante talvez seja o melhor lugar
Para derramar essas lagrimas,
Essa emoção prazerosa, olhar sem prosa
De quem nunca soube amar
Mas sei que depois sorrindo voltará
Querendo outra vez amar... Mas
“Agora é tarde... Inês é morta” atrás
Da porta e não adianta chorar.