“Bretoniando” o amor
O amor é o ódio travestido.
Um lobo sob pele de carneiro.
Um falso que imita o verdadeiro,
Pra enganar o sétimo sentido.
O amor é um louco possuído,
Pela força hedônica do mal,
Que arde, na artéria principal,
Onde fincou-se a fecha do cupido.
O amor é uma rima surreal,
Usada, de um modo natural,
Na louca poesia de Breton.
De fato, como é de se supor,
Há algo explosivo no amor
Capaz de produzir um megaton.