BOCA NOTURNA

O inerte astro

Marca o ponto

No céu distante

Da boca noturna

E com o rastro

Pego e monto

O cavalo galante

Na senda soturna

Para ir à procura

Do meu afã

Pela imensidão

Do vento que brilha

Com a candura

Da beleza artesã

Que a sofreguidão

Coloca na trilha

Par ver o lume

Que toca o invisível

Com o âmago sutil

A feitio da mente

Para subir o cume

Do sonho indivisível

Com o tempo servil

No posto evidente