Abismo.
À beira do abismo, um passo em vão,
no eco do vento, murmura a escuridão.
A alma treme, o medo a consome,
há algo lá dentro... mas sem um nome.
Dormia há tempos, selado e esquecido,
oculto nas sombras de um peito ferido.
Mas algo o chama, um ódio latente,
e o monstro desperta... sedento e crescente.
Seus olhos de trevas refletem a dor,
seu riso é disforme, seu toque é terror.
Foi tua fraqueza que o fez renascer?
Ou foi teu orgulho a o obedecer?
Passos ressoam na trilha do fim,
caminha sem pressa, vem perto de mim.
Um risco pra ti, pra mim, pra todos,
cuidado! Há um monstro... e já foi solto.