Jardim dos Disfarces

Cálida

a brisa acaricia

o vento dilacera a poesia

tempestade em copo d´água.

Borboletas pousam

nuas

no meu jardim dos disfarces

dilacerados,

arrancamos a esmo

quando a tarde passa

e espia de soslaio

nossos segredos,

credos,

experiências

de uma existência triste e crua

como uma borboleta recém-nascida

de uma lufada de vento

vento de lua,

espelhos de água

farfalhar de folhas,

flores e sonhos

Sombras.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 21/01/2008
Reeditado em 21/01/2008
Código do texto: T827401
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