Jardim dos Disfarces
Cálida
a brisa acaricia
o vento dilacera a poesia
tempestade em copo d´água.
Borboletas pousam
nuas
no meu jardim dos disfarces
dilacerados,
arrancamos a esmo
quando a tarde passa
e espia de soslaio
nossos segredos,
credos,
experiências
de uma existência triste e crua
como uma borboleta recém-nascida
de uma lufada de vento
vento de lua,
espelhos de água
farfalhar de folhas,
flores e sonhos
Sombras.