O NOVELO
Há um enorme novelo sendo enrolado.
Fios de sisal, fios de cobre
Fios de seda, fios de aço
Fios da vida...
Nervos em linhas estreitas
Esticadas num varal
Secando e amarelando sob o sol...
Há inclemência nos dias.
Nas babas que escorrem de torneiras douradas
Onde se lavam as mãos e as roupas sujas
E o que atormenta a consciência de cada um...
.. é este enrolar que cresce, e tece enquanto
A foice não desfere o golpe
Que deixa o fio suspenso,
E o novelo no chão...
Há um enorme novelo sendo enrolado.
Fios de sisal, fios de cobre
Fios de seda, fios de aço
Fios da vida...
Nervos em linhas estreitas
Esticadas num varal
Secando e amarelando sob o sol...
Há inclemência nos dias.
Nas babas que escorrem de torneiras douradas
Onde se lavam as mãos e as roupas sujas
E o que atormenta a consciência de cada um...
.. é este enrolar que cresce, e tece enquanto
A foice não desfere o golpe
Que deixa o fio suspenso,
E o novelo no chão...