Será que eu vi?
Eu vi do outro lado do mundo
o outro lado da vida,
eu vi!
E na sombra havia um sol
e no sol havia a sombra,
com um mar esquisito de avisos
bailando em loucas ondas.
Nunca pedi para nascer
nem para ser amado
mas todos os dias versos eu faço
e toda alma que eu encontro eu amo.
Deixo-lhes então um coração versejado
que de qualquer dor ri
e se não está n’algum lugar,
ele e eu sonhamos.
Nem sei mais de onde vim...
ou para onde eu vou
e se é para não morrer de mim
que eu fique
e em nada deste poema eu acredite
e que eu seja para ti
apenas um homem assim.