As Almas Perdidas
Dois muros paralelos,
distantes entre si por milímetros,
moradias geminadas,
pares nunca vistos,
sons distantes a todo instante.
A batida dos corações,
unidos sem sintonia,
por tempo indefinido.
Aromas sentidos com a brisa do luar,
fogueiras queimam como incenso,
e fragrâncias perfumam a alma:
almíscar e sândalos.
Cores âmbar,
brilho dos olhos verdes e azuis,
céus de imenso azul,
ondas nas nuvens flutuam,
e as almas dançam,
tentando se encontrar.
Destino cruel,
pelo muro imposto
sobre as linhas do universo.
A luz de um sabre,
focando o começo e o fim
de um novo recomeço.