O Mundo Inventivo da Poesia

 No vasto paladar da imaginação

Há caminhos invisíveis de luz

Onde o amor se faz inteirossante

E o tempo desanda a sonhatar...

Um rio arrepiado corre mudo

Levando saliência para o quintal

O céu desfuma-se em Estelas

E a saudade flutua num Fernandal.

Pés descalvos pisam na memória

Escritos em versos que sonhos-luzem

Há abraços que encurtam cumprimentos

São pontes de calor quando se cruzam.

Aqui, as inventadezas florescem:

Um olhar confesso no semáforo

Um sorrisol que acende a escuridão.

E a vida? Ah, essa vive em voolímpico!

Nas bordas do horizonte escorregado

Cada palavra é um mundo-novo.

Inventar-se é ser verbo no neo-ver-sar.

Até que haja o renascer de um polvo.

 

 

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 19/12/2024
Reeditado em 19/12/2024
Código do texto: T8222571
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