O Mundo Inventivo da Poesia
No vasto paladar da imaginação
Há caminhos invisíveis de luz
Onde o amor se faz inteirossante
E o tempo desanda a sonhatar...
Um rio arrepiado corre mudo
Levando saliência para o quintal
O céu desfuma-se em Estelas
E a saudade flutua num Fernandal.
Pés descalvos pisam na memória
Escritos em versos que sonhos-luzem
Há abraços que encurtam cumprimentos
São pontes de calor quando se cruzam.
Aqui, as inventadezas florescem:
Um olhar confesso no semáforo
Um sorrisol que acende a escuridão.
E a vida? Ah, essa vive em voolímpico!
Nas bordas do horizonte escorregado
Cada palavra é um mundo-novo.
Inventar-se é ser verbo no neo-ver-sar.
Até que haja o renascer de um polvo.