A Noite Eterna
Meu corpo estava amarrado, eu não me controlava
Cada vez mais fundo, no abismo da minha alma,
Onde a sanidade se desfaz, como uma tela rasgada.
Eu tinha braços longos e uma boca cheia de dentes
E olhos que arderam como fogos infernais,
Refletindo a fúria que me consumia, sem piedade nem calma.
A fúria é eterna, e me fascina
E no meu coração, uma chama eterna arde,
Onde o ódio e a raiva se alimentam, sem nunca se saciarem.
Mil estacas eu já vi, e nada pode deter minha fúria
Mil cruzes quebradas, mil almas condenadas,
Nada pode aplacar a ira que me consome, eternamente.
Eu vou dormir para acordar em outra era e trazer o caos e a escuridão
E quando eu despertar, a lua estará morta,
E as estrelas se apagarão, ante o meu olhar de destruição.
Apenas os lamentos dos crentes que não foram arrebatados, isso me deixa muito feliz
E o choro dos inocentes, um coro de desespero,
Ecoa através do vazio, onde a esperança foi extinta.
Pois eles estão aqui conosco, e vamos fazer com que engulam o livrinho sagrado
E fazer com que suas almas sejam consumidas,
Pelo fogo eterno que arde, nas profundezas do meu inferno.
E as grandes luzes se apagam, estamos todos cegos e famintos
E a escuridão total nos envolve,
Como um sudário de dor, que não tem fim.
E a velha imagem dela vem, a dama do escuro, nosso terror...
Ela sorri com lábios de sangue,
E seus olhos ardem como fogos funerários.
9/11/24 Cristiano Siqueira e minha amiga Luana AI