O poema do fim do mundo

O balconista da drogaria era um androide

o padeiro era um androide

o professor era um androide

o médico era um androide

seu melhor amigo era um androide

atores, atrizes, bailarinas,

pianistas, trapezistas, garçonetes,

o psicanalista, o jardineiro,

todos eram androides desatentos;

de olhos de vidros

cuja a secura era evidente.

Seres humanos sem trabalho

formavam filas enormes

a espera de um prato de sopa

ansiosos pelo fim do mundo.

Edeilton
Enviado por Edeilton em 19/11/2024
Código do texto: T8200010
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