DAQUELES SONHOS ESTRANHOS

Dragão das noites escuras

Desceu à Terra

Queria a maldição quebrar

Sempre na tríade, três anos, às 3 horas viria

Para um novo dragão gerar

Procurou-me

Rondou-me

"Uma alma pura", ele falou...

A perfeita presa

A mãe do mal seria

Um novo homem-dragão

Em meu ventre fecundou...

Com tantas ele antes tentou!

Nos séculos mentiu a mulheres

Mas nenhuma um novo homem gerou

E por isso, ele, uma a uma

Queimou

Mastigou

Devorou!

Eu as vi, todas

Seus rostos de pavor

Tinha de cada uma o retrato

A todas ele fingiu ser homem

Ele fingiu o Amor

O dragão quedou-se

E o verde de seus olhos

Em brasa se tornou

E a mais pura das almas

No dia 13 de um novembro

Entrou naquela jaula-reino

Cinza

Sem graça

Lá estava um lagarto esquálido

Trêmulante

Ela sentiu pena, por um instante

Mas sentiu mais de si

O sangue escorreu

O lagarto para sempre

Naquela jaula imunda pouco a pouco apodreceu!

Madame F
Enviado por Madame F em 11/11/2024
Reeditado em 11/11/2024
Código do texto: T8194168
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