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As correntes do tempo
No riso do vento, ouço os sons,
vozes do passado que dançam na brisa,
memórias amareladas em álbuns esquecidos,
mas os laços se entrelaçam vivos,
como raízes que abraçam a terra,
sustentando o que foi, o que ainda virá.
O relógio marca horas, mas o coração,
este viajante livre, desafia as horas,
baila na luz da manhã que desponta,
enquanto as sombras se dissipam lentas,
tatuando no espaço a urgência do agora,
o presente é um presente, não um fardo.
Caminhos tortuosos desenham-se à frente,
cada passo um grito, uma carta não enviada,
os medos se transformam em sementes,
brotando em campos onde sonhos antes repousavam,
e ao quebrar as correntes da incerteza,
plantamos esperanças em solo fértil.
As estrelas, testemunhas silenciosas,
guardam em si as histórias ancestrais,
de amores perdidos e guerras travadas,
mas no brilho do céu encontramos abrigo,
um farol que nos guia além do tempo,
onde os ciclos se entrelaçam em eternidade.
A chuva cai suave, lavando as marcas,
cada gota um suspiro, um recomeço,
transformando as dores em arco-íris,
nos lembrando que a vida é feita de cores,
e mesmo os dias cinzentos têm sua magia,
apenas precisamos olhar com outros olhos.
Assim, quebramos as correntes do tempo,
não com forças brutais, mas com amor,
acolhendo o que fomos, em paz com o que somos,
dançando na linha tênue entre ser e esquecer,
como quem escreve versos com a tinta da alma,
navegando no fluxo infinito da existência.
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